Na última quinta-feira (25), aconteceu a Semana da África, realizada pelo Centro Cultural Africano em conjunto com o consulado de países africanos em São Paulo e o Centro de Equidade Racial. Na ocasião, foram reunidos especialistas de vários países, abordando temas como a importância do continente africano no Brasil e nas Américas.
Foram recebidas diversas personalidades como celebridades, autoridades políticas e pessoas do movimento afro, tendo como abertura a iluminação de Verde e Branco, em alusão ao Dia da África e União Africana. Os intérpretes nos idiomas africanos e de libras estiveram presentes.
A programação também contou com o pré-lançamento do livro “Esu identidade essencial no tradicional Yorubá”, escrito por Kabiyesi, Oba (Ogboni) Adekunle Aderonmu, o Presidente de Honra do Centro Cultural Africano. Segundo informações do próprio autor, os procedentes financeiros do livro serão destinados a ajuda em projetos sociais do Centro Cultural Africano.
O evento simboliza a luta dos povos do continente africano pela sua independência e emancipação, além de representar a data da Libertação da África. Também serviu para homenagear personalidades exemplares, aqueles que fizeram diferença positiva em 2023, através do Prêmio África Brasil.
Durante o evento, os negros do Brasil e do mundo tiveram a oportunidade de medir os progressos, as dificuldades e as obras realizadas no continente conhecido como berço da humanidade.
Desde 2011, conhecido como o Ano Internacional dos Povos Afrodescendentes, a data celebra esse marco contra as desigualdades raciais, políticas ou econômicas, valorizando e promovendo o legado que a África deixou para as civilizações que se constituíram com o seu povo.
Passados 48 anos desde sua criação, em Addis Abeba, Etiópia, pela Organização de Unidade Africana (OUA), o dia tem um profundo significado na memória coletiva dos povos do continente africano. O ato da assinatura configurou-se no maior compromisso político de seus líderes, que visaram à aceleração do fim da colonização do continente e do regime segregacionista do Apartheid.
Instituído em carta assinada por 32 Estados africanos, o Dia da África é a manifestação do desejo de aproximadamente 800 milhões de africanos de organizar, de maneira solidária, os múltiplos desafios na construção do futuro de uma África real, com seus governos e sonhos, além de desenvolvimento, democracia e progresso.