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Culture

NO Dia da Umbanda, o maior encontro de terreiros do Brasil levanta a voz contra a intolerância

Neste sábado, feriado de 15 de novembro, o Umbanda Rio volta a ocupar seu lugar de direito: o maior encontro de terreiros do Brasil. Uma celebração de fé, mas também um ato político contra o racismo religioso que insiste em ferir nosso povo.

 

Enquanto crescem os ataques a casas de axé, sacerdotes e praticantes, o Umbanda Rio reafirma o que sempre foi: um movimento de resistência. A partir das 12h, no Clube de Suboficiais e Sargentos da Aeronáutica, em Cascadura, milhares de pessoas se reúnem não apenas para festejar, mas para lembrar ao país que a Umbanda existe, resiste e não vai recuar.

A programação deste ano é uma explosão de cultura ancestral. Baque Mulher, Braguinha, Igor Benatti, Enzo Belmonte com seu show Meu Axé e os grandes ogãs e curimbeiros dos terreiros trazem a força dos atabaques, reafirmando uma musicalidade que não pode ser silenciada. A energia dos terreiros ecoa no Quintal do Ajeum com a gastronomia ancestral, e o Talk Show Literário coloca no centro autores e pesquisadores que lutam diariamente para preservar e registrar nossa história.

 

O Umbanda Rio não é um evento para “simpatizantes curiosos”. É um espaço de afirmação, pertencimento e cura. É um porto seguro para filhos de fé que enfrentam, todos os dias, ameaças, desrespeito e violência por professarem sua crença. É também um recado claro: não aceitamos apagamento, não aceitamos discriminação e não aceitamos ser reduzidos ao silêncio.

Idealizado por Pai Alex d’Oxalá, sacerdote da Fraternidade Aldeia Caboclo Pena Branca e ativista na luta pela liberdade religiosa, o encontro nasceu da urgência de proteger e valorizar as comunidades de terreiro. E cresceu. Hoje, recebe adeptos de várias cidades e de outros estados, se tornando uma trincheira contra o preconceito e uma celebração grandiosa da fé umbandista.

 

Mais uma vez, o encontro acontece em Cascadura, região que abriga inúmeras casas umbandistas e que sabe o peso, e o valor, de manter viva essa tradição. Em um país onde ainda há gente que tenta apagar nossa história, o Umbanda Rio grita mais alto.

 

Umbanda é fé. Umbanda é cultura. Umbanda é resistência.

 

E neste sábado, a resistência estará reunida.

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