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MORRE Arlindo Cruz, ícone do samba, aos 66 anos após batalha contra AVC

Morreu nesta sexta-feira (23), aos 66 anos, Arlindo Cruz, um dos maiores nomes do samba contemporâneo. O sambista estava afastado da música desde 2017, quando sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) que comprometeu suas funções motoras e cognitivas. Nascido e criado em Madureira, bairro do subúrbio carioca que virou inspiração constante para suas composições, Arlindo Domingos da Cruz Filho cresceu em um ambiente musical influenciado pelo pai, Arlindão, que promovia rodas de samba em casa com a presença de grandes nomes como Candeia. Foi no disco “Roda de Samba”, de Candeia, que Arlindo iniciou sua carreira tocando cavaquinho aos 17

Morreu nesta sexta-feira (23), aos 66 anos, Arlindo Cruz, um dos maiores nomes do samba contemporâneo. O sambista estava afastado da música desde 2017, quando sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) que comprometeu suas funções motoras e cognitivas.

Nascido e criado em Madureira, bairro do subúrbio carioca que virou inspiração constante para suas composições, Arlindo Domingos da Cruz Filho cresceu em um ambiente musical influenciado pelo pai, Arlindão, que promovia rodas de samba em casa com a presença de grandes nomes como Candeia. Foi no disco “Roda de Samba”, de Candeia, que Arlindo iniciou sua carreira tocando cavaquinho aos 17 anos, em 1975.

Durante os anos 1970, Arlindo foi um dos fundadores da roda de samba do Bloco Carnavalesco Cacique de Ramos, espaço que reuniu lendas como Jorge Aragão, Almir Guineto, Zeca Pagodinho, Marquinhos Satã, Luiz Carlos da Vila, Sombrinha e Jovelina Pérola Negra. No Cacique, Arlindo se destacou como mestre do partido-alto e inovou ao introduzir o banjo no samba.

Na sequência, Arlindo Cruz integrou o grupo Fundo de Quintal, considerado um dos mais influentes do samba, onde gravou 10 discos entre os anos 1982 e início dos anos 1990, como “Nos pagodes da vida” (1983) e “O mapa da mina” (1986). Em 1993, partiu para a carreira solo, lançando o álbum “Arlindinho”, recheado de sucessos como “Saudade louca”, “Zé do povo” e “Castelo de cera”.

Além da carreira solo, Arlindo formou uma dupla artística com Sombrinha, lançando álbuns de destaque como “Da música” (1996) e “Pra ser feliz” (1998). No total, sua obra reúne cerca de 795 composições registradas no Ecad, muitas das quais interpretadas por grandes nomes do samba, como Mart’nália e Zeca Pagodinho.

Arlindo Cruz também marcou presença no Carnaval carioca como compositor de sambas-enredo para o Império Serrano — escola onde ingressou na Ala dos Compositores em 1986 — e outras agremiações, com destaques para os carnavais de 1989, 1995 e 1996. Seu último samba-enredo foi “Silas canta Serrinha”, para o Império Serrano em 2016. Em 2023, a escola de Madureira homenageou o músico no desfile com o enredo “Lugares de Arlindo”, no qual ele desfilou acompanhado da esposa, a ex-porta-bandeira Babi Cruz, com quem foi casado por 35 anos.

Desde o AVC em 2017, Arlindo Cruz enfrentou um longo processo de recuperação, que o deixou impedido de continuar sua trajetória musical, mas sua influência permanece viva na cultura do samba e na memória do público.

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