A modelo pretende contar a experiência traumática em um livro
Muitas pessoas julgam quem entra nesse caminho, mas muitas vezes a vida acaba levando para isso. Foi o que aconteceu com a modelo Rubi Borges. Ela viveu um relacionamento abusivo e se tornou vítima de violência doméstica. No início da relação era tudo parecia um sonho, mas acabou se tornando um pesadelo.
“Eu conheci uma pessoa, namorei durante 4 meses e me casei, no namoro ele era outra pessoa; quando casei se transformou e me batia todos os dias Trabalhei em um salão de beleza durante 10 anos, dos meus 13 anos aos 23(quando fugi), e quando casei estava na época de pandemia. Então, resolvi atender minhas clientes em casa, ele pegava meu carro e saia o dia todo”, relata ela.
“Quando voltava perguntava se eu tinha visto TV, eu falava que não, ele me batia porque falava que a tv estava em um volume que ele não deixou. Enfim, era por coisas assim. Até que aguentei 2 meses e 3 semanas. Vi que a autoridade local não me ajudaria e se eu ficasse lá, ele me mataria, porque a própria polícia me contou coisas que ele fez. E eu não sabia quando tinha me envolvido. Quando vi já estava nisso”, completa.
Sem uma solução, Rubi pensou em tirar sua própria vida. “Pensei em suicidar porque não aguentava mais nenhum dia lá. Foi então que fugi. Tinha 50 reais pra comer. Fui pra São José do Rio Preto com 700,00 reais que meu pai me emprestou, ainda menti que era pra pagar cartão. Enfim, coloquei gasolina e paguei o Airbnb e sobrou 50,00 reais; Eu desesperei e perguntei meu ex marido se podia voltar, ai ele disse que ia me matar”.
Ameaçada de morte e sem dinheiro, ela acabou sendo acompanhante. “Eu engoli o choro e criei coragem, foi aí que virei acompanhante, fiquei lá uma semana e fui para o Rio de Janeiro Trabalhei como acompanhante durante 1 ano 11 meses e 4 dias
Já trabalhei na Europa também”, diz.
Com uma sensação ruim, resolveu voltar para o Brasil. “Eu estava com um mal pressentimento e voltei. Depois de uma semana, meu pai faleceu em Outubro, e eu resolvi ficar no Brasil pra ficar perto da minha família, mãe e irmão”.
Ela decidiu parar de fazer programas e abandonou sua conta em uma plataforma de conteúdo adulto. “Resolvi não trabalhar mais com OnlyFans e nem acompanhante. Agora estou trabalhando em uma clínica de massagens na Barra da Tijuca. Recentemente também fui eleita musa do Vasco, e para presentear minha mãe no seu dia, reformei a casa dela”.
Rubi está cheia de projetos, um que não deve demorar é o seu livro. “Vou contar abertamente a minha experiência em um casamento abusivo, onde sofria agressão física e psicológica. Espero poder ajudar outras mulheres”.
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